terça-feira, setembro 13, 2005

Manifesto Conservador


“Tudo o que é necessário para o triunfo do mal é que os homens-de-bem não façam nada” – Edmund Burke
Visão

Parcela expressiva da população brasileira abraça valores tradicionais ou conservadores nos campos da ética, moral, religiosidade e cultura de um modo geral.

Tais valores não tem voz nem expressão política proporcional a sua presença na sociedade, ao contrário, valores antagônicos são hegemônicos, quer na produção de mídias de massa quer na produção intelectual. Sua escassa representação formal é carente de uma doutrina consistente que guie sua ação política.

O silêncio, a desarticulação e o não enfrentamento da hegemonia esquerdista tem como conseqüências a paulatina desconstrução e desconstituição de toda nossa herança civilizacional, conduzindo as gerações futuras a um beco sem saída, opressivo, sombrio e sem sentido.

O engajamento no combate a essa situação se inicia por explicitar um ideal conservador que promova a auto-identificação das pessoas como repositárias de um conjunto de valores comuns, derivando daí a reunião de semelhantes em busca de espaço político e da luta democrática pelo poder.

O objetivo desse blog é ser um espaço particiativo e democrático para a formulação, divulgação e discussão informal de tal ideário.

Nosso Legado

Cultura e civilização são progressivamente elaboradas ao longo de infindáveis gerações cujas origens se perdem no tempo. Neste processo histórico de tentativa e erro, o legado de uma geração a outra tende a reforçar suas conquistas e a depurar suas derrotas e falhas, consolidando um conhecimento coletivo cujos símbolos mais profundos e perenes passam a ser parte inseparável da própria identidade dos indivíduos.

A complexidade de nossa sociedade não seria possível sem que um vasto conjunto de valores expressos em tradições, hábitos, modos, crenças, linguagem, religiosidade, razão, moral, ética, comportamento e em tantos outros aspectos, não fosse partilhado por seus membros. Uma infinidade de símbolos e códigos, não escritos, informais e fragmentados, são transmitidos e assimilados de modo quase inconsciente, formando o seu conjunto um massivo conhecimento “não racional”. A Razão, como ferramenta da busca do Conhecimento, é parte valiosa porém derivada deste legado, não podendo portanto, abarcá-lo ou superá-lo por completo.

Por ser perene, fragmentado, desestruturado e em muitos aspectos não “racionalizado”, tal conhecimento não dispõe de uma descrição unificadora que permita depreender logicamente um senso de coerência do todo ou de consistência para cada uma de suas inúmeras partes. Coerência e consistência existem, mas foram forjadas pela interação de inúmeras pessoas em uma linha de tempo longa demais para ser completamente apreendida pela mente de um indivíduo.

Uma conseqüência importante destes aspectos é que as pessoas freqüentemente não tem o senso de totalidade de seus valores e, menos ainda, de qualquer identidade de grupo. Deste modo, quando agredidos ou confrontados em suas crenças mais arraigadas, a reação mais comum pode ser apenas uma vaga sensação de desconforto.

Tais características “naturais” não acarretavam ameaça ou desvantagem para as sociedades ocidentais até o advento do Iluminismo, que estabeleceu a crença de que a Razão apenas poderia “libertar” o homem de sua “ignorância” e “opressão” e relegando todo o conhecimento passado às trevas e à lata de lixo da História, como crendices descartáveis e indesejáveis. Esta prepotência arrogante abriu as portas da civilização ocidental para o advento do messianismo racionalista, e como conseqüência direta, das revoluções com seus banhos de sangue.

O Conservador e o Revolucionário

O Conservador, como ente político, só pode existir em dualidade e oposição à figura do Revolucionário. Este, imbuído do desejo de um mundo novo, e, mais ainda, do advento de um homem novo, luta por uma ruptura completa do tecido civilizacional em que se insere para implantar um projeto de humanidade desenhado nas mentes de um punhado de “iluminados” pretensamente detentores de uma “verdade” “racionalmente” estabelecida, que a tudo explica e a todos redime. É da necessidade de se opor a um projeto estruturado e sociopata de derrocada da civilização que deve surgir uma doutrina política conservadora, uma superestrutura aglutinadora do fragmentado conhecimento ancestral, catalizada por e em contra-ponto à ideologia revolucionária. Tal doutrina é necessária para guiar a luta política de enfrentamento à hegemonia esquerdista.

O Conservador e o Liberal

Assim como o Liberal, o Conservador crê que a liberdade do indivíduo é o bem primordial fruto da Civilização Ocidental, conquistado e estabelecido como valor inerente ao ser humano após milênios de História. Ambos entendem que a liberdade de pensamento, de expressão, de livre associação, de fazer suas próprias escolhas e seguir seu próprio rumo só persiste em sociedades democráticas cujos governantes são livre e periodicamente escolhidos pelos seus membros. Também entendem que as garantias e liberdades individuais e a própria Democracia só estarão asseguradas se houver liberdade de livre-empresa, ou seja, sob um regime econômico Capitalista.

A distinção, um tanto arbitrária, se faz quanto a ênfase economicista ou “de mercado” dada pelo Liberal à simbiose Democracia-Capitalismo e a visão empirista, mas incontestável, a respeito da superioridade deste sistema sobre os demais. As nações mais prósperas e com liberdades individuais asseguradas são as de Capitalismo avançado, e que, não ocasionalmente, possuem também as Democracias mais maduras. Por outro lado, todas as experiências socialistas resultaram em pobreza, opressão jamais vista na História humana e, freqüentemente, genocídio. Tal constatação dos fatos em geral basta ao Liberal para propugnar a adoção do “livre mercado” como solução para a maioria dos problemas das nações, inclusive a falta de Democracia. Já o Conservador entende que tais conquistas só são possíveis em uma Cultura com valores éticos e morais adequados e de toda uma intrincada rede de saberes que se articulam e colaboram para tornarem possível as modernas sociedades. Estes conhecimentos permitem, por exemplo, transformar o impulso de empreendedorismo nato do homem em organizações de trabalho extremamente complexas onde colaboram dezenas de milhares de pessoas para a realização de objetivos comuns.

A existência de tais pressupostos refletem o estágio de “adequação cultural” de uma sociedade que irá promover ou restringir seu desenvolvimento, sua prosperidade e o grau de liberdade de seus cidadãos. Estas condições não podem ser facilmente exportadas de uma sociedade para outra, de modo que diferenças nos diversos níveis de desenvolvimento das nações são esperadas.

Estereótipos (Esquerdistas) do Conservador

Ser Conservador não é sinônimo de apologia ao imobilismo ou à imutabilidade de tudo, nem da manutenção incondicional do “status quo”, ao contrário, o Conservador deseja e promove mudanças contínuas, porém levando em conta as condições de seu tempo e as lições aprendidas por seus antepassados, lições sobre o que deve ser preservado e o que deve ser mudado, seja por erro, por inadequação à novas situações ou por melhoramentos que devam ser agregados.

Ser Consevador não significa ser um oligarca, latifundiário, “coronel nordestino” ou ainda um saudosista do Império ou da Escravatura. Menos ainda ser um fascista, variante do socialismo tão sociopata quanto este.

O Conservador e a Brasilidade

O Conservador entende que a Cultura Brasileira é formada pela contribuição de diversas outras, dissolvidas e reprocessadas nesse imenso caldeirão chamado Brasil. Sabe que a miscigenação é uma característica ímpar e um diferenciador primordial do país, nação de imigrantes que a todos recebe de braços abertos. Nossa colonização européia forneceu o traço dominante civilizacional, sua ocidentalidade, expressa pelas raízes judaico-cristã e greco-romana, sua latinidade pela origem ibérica, e incorporou marcantes contribuições africanas e indígenas, gerando uma nação e um povo originais e únicos.

Auto-Teste

Você caro leitor, freqüentemente estranha que:
  • A língua portuguesa, tão antiga, parece que sempre esteve errada e vivem tentando te impingir uma novilíngua?
  • Uma série de conceitos “politicamente corretos”, saídos não se sabe de onde, se tornaram normas de conduta compulsórias mas ninguém jamais lhe consultou a respeito?
  • Uma miríade de ONGs das quais você nunca ouviu falar antes, mas ricas em financiamento estrangeiro, estão na mídia falando em seu nome (e de todos), mas você nunca votou em nenhuma delas ou lhes outorgou qualquer procuração?
  • As mais diversas minorias, mesmo tendo assegurado todos os direitos civis de livre manifestação e associação e de levarem a vida como bem entenderem parecem não se satisfazerem com não menos do que tornar seus valores hegemônicos na sociedade, de modo que você começou a se sentir em minoria?
  • A apologia de compartamentos que você sabe que não são os seus, de sua família, de seus colegas ou vizinhos, ocupam todo o espaço na mídia e seu modo de vida parece a caminho da extinção inexorável?
  • A livre-escolha do tipo de educação que você deseja para seus filhos, religiosa inclusive, parece constantemente ameaçada de ser tolida em prol de um ensino público compulsório e homogêneo para todos?
  • Um punhado de gente faça um esforço danado para se certificar que você não possa optar pela auto-defesa, de seu lar, família ou negócio?
  • Você tenha sido julgado e condenado pela escravidão do passado, mesmo que você seja um nipo-descendente com menos de 50 anos de Brasil, e que como pena do crime que você e seus pais não cometeram você terá de aceitar o estabelecimento de “políticas afirmativas”, sem direito à opinião (jamais ninguém te perguntou o que você pensa a respeito, não é mesmo?) , tudo em nome da concialição e da concórdia nacional?
  • Tem sempre alguém querendo descriminalizar o consumo e até o comércio de drogas quando o que você mais quer é manter seus filhos o mais longe possível delas?

Se você leitor respondeu afirmativamente a maior parte das questões acima (e tantas outras semelhantes), lamento lhe informar, mas você é um Conservador, ou ainda, horror-dos-horrores, você é “de Direita”.

Se o mundo parece estar tomando um rumo que não é o que você almeja para si mesmo e sua família, abandone o silêncio e a inação e faça algo a respeito, ou “o mal triunfará”.

6 comentários:

Anônimo disse...

Sr. Conservador.

Não tão assumido assim (não achei teu nome).

Começo dizendo q vc nasceu no país certo. O Brasil é conservador de nascença. Quando a idade média cedia lugar a modernidade, as bases religiosas foram "Reformadas". Alguns poucos, Portugal entre eles, lutaram Contra a Reforma e fizeram desse "Conservadorismo" sua base intelectual mais profunda.
Fácil de entender, pois os conservadores normalmente estão satisfeito e não querem "revoluciona" o "status quo", como a poderosíssima Espanha,e o "criativo Portugal" na época citada. Ambos detentores dos primeiros impérios coloniais.

Nosso bela pátria foi fundada com o que havia de mais conservador na época, e assim vive até hoje, sem um único momento de "corte epistemológico".

Não tivemos uma "Revolução Francesa", muito menos uma "Soviética". Nossos revolucionários perderam "Todas".

Sem metáfora e sem intenção agressiva, somos uma sociedade medieval, levada a ÚLTIMA INSTÂNCIA.'

Quando a modernidade agoniza numa globalização econômica assimétrica, q irá transformar o mundo numa "zona sul carioca "favelas+ricos+violência= terceiro mundo + primeiro mundo + terrorismo). Nossos conservadores finalmente querem "ficar modernos", com 500 anos de atraso.

Não tema caro conservador, até nossos "esquedistas", PT e Co, quando chega a hora H, ficam conservadores, se não nas palavras, nos atos. O mundo conservador internacional está "adorando" nossa esquerda.

Durma tranquilo, mesmo os q não concordam contigo agem como se concordassem.

Á falta de concretude, os conservadores brasileiros precisam de ver "conapirações gransciana" à toda volta, pois os fatos estão todos de acordo com suas idéias.

Não me leve a mal, não foi essa minha intenção.

Unknown disse...

Caro anônimo,

Agradeço seus comentários e não o levo nada a mal.

Coloquei o blog no ar e deixei o meu perfil para depois, que eu espere que demore bem menos...

Seus argumentos em muito pouco diferem do que lemos nos jornalões daqui: "não há e nunca houve conspiração alguma (talvez só dos reaças, segundo PTistas pegos com a mão na cumbuca), na verdade não há nada mesmo ocorrendo".

Conspiração com senhores bigodudos e ternos risca-de-giz, fumando charuto atrás de uma mesona escura, ninguém crê. Mas a guerra de redes que enfrentamos empreendida por burocracias globais (ONU), ONGs, fundações miliardárias e tantos outros, é uma globalização bem pior do que a econômica.

O bias político no Brasil sempre caminha para a esquerda, tendo como contra-peso apenas o fisiologismo autofágico dos oligarcas de sempre, que os alavanca e suporta sem mesmo se darem conta (parece que o Roberto Jefferson se deu, mas muito tarde). E a nova musa salvadora já chegou no pedaço: Luiza Helena.

Pelo sim, pelo não, resolvi fazer minha parte.

Um abraço,
Ivan C. P. da Cruz

Anônimo disse...

Sr. Ivan (parabéns)

As "redes globais" q tendem a se formar em torno da ONU não são conspirações. Não existe ninguém tão organizado assim no planeta. Nem no poder absoluto os soviéticos conseguiram tal proeza.
Desculpe, mas isso é conto de carochinha olaviano (razoável logicamente, como toda teoria conspiratória, só isso).

O q há é uma NATURAL TENDÊNCIA multipolar, q é a única chance de se evitar o controle do TODO por alguns poucos. Esses poucos sim, lutando pelo "direito" de comandar do mais forte (também natural)conspiram abertamente pelo predomínio absoluto, uma vez q já possuem o relativo.

Conservar um mundo multipolar, com eventuais hegemonias regionais, centrado democraticamente numa ONU reformada (q respeite os "direitos" dos mais fortes)me parece a única saída para a GLOBALIZAÇÃO FINAL, q será a POLÍTICA.

Ou isso ou "le deluge", que o desencadeamento apocalípitico consuminista q a tecnologia deixou fugir do controle, transforme o planeta numa imensa N. Orleans, da noite para o dia.

Unknown disse...

"Eu conquistei um Império, mas não fui capaz de conquistar a mim mesmo." - Pedro, o Grande

Caro Anônimo,

O "charme" de uma organização em redes é não precisar de coordenação ou gerenciamento quase algum. Cada "nó", em geral uma pequena célula de ativistas, age por conta própria e em busca de suas próprias causas, que podem variar do ativismo anti-globalização, anti-OMC, anti-guerra no Iraque, pela liberação do aborto ou das drogas, pelo desarmamento, pela eutanásia, pelo casamento gay, eco-chatos e tantos outros temas. Mas todos com um macro objetivo comum: obter a derrocada do mundo livre e da civilização ocidental. Outra característica é o financiamento por fundações como a Ford ou do Sr. Soros.

Como exemplo, veja o mapa da rede de financiamento estrangeiro da campanha do desarmamento no Brasil em
http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=3964

Essas células, quando conveniente, podem "agir como enxames" (swarming), de modo que em toda reunião do G8 ou da OMC, em qualquer canto do mundo, de Seatle à Escócia, estão eles lá, das mais diversas "organizações", marcando presença e quebrando o pau. Quando são pressionados, se dispersam rapidamente. A internet permite a "coordenação" desses grupos em nível mundial.

Toda essa agenda é encampada e promovida por partidos de esquerda, ostensivamente ou não. Por exemplo, o PT tem uma secretaria específica dos "movimentos populares". Quantas vezes já ouviu a apologia dos "movimentos sociais", MST inclusive, pela boca de petistas?

Mas globalização do ativismo de esquerda, no sentido estrito, também ocorre: Abilío Diniz foi seqüestrado por um cosórcio internacional envolvendo de canadenses a chilenos do MIR e foi organizado da Nicarágua por um basco, para fazer fundos para diversas organizações.

Agora, espero que você não venha culpar o Bush pelos furacões no Golfo do México...

Um abraço,
Ivan Cruz

Anônimo disse...

Bem, mudando um pouco de assunto, em relação aos comentários até então aqui relatados, e lendo esse texto do Rossi, resolví colocá-lo aqui, pois o mesmo expressa exatamente o meu ou o nosso sentimento hoje em relação aos que votaram no PT, um Partido aos quais mantinha uma esperança de mudança, e pelo visto só estamos assistindo ao continuismo de vários governos passados corruptos.

" Quando se perde a alma "


Eis o texto que define o momento vivido pelo PT escrito por autor de certa reputação e que foi, ou ainda seria, um simpatizante da
sigla.


CLÓVIS ROSSI - de PARIS.

Folha de São Paulo

Quando você passa a vida chamando Paulo Salim Maluf de tudo quanto é nome, e depois incorpora o partido dele à sua base de apoio no
Congresso;

Quando você inferniza o governo José Sarney e toda a herança
dele, inclusive a candidatura de sua filha à Presidência, e depois o transforma em um sábio conselheiro de seu governo;

Quando você diz o diabo de Antonio Carlos Magalhães e depois aceita o apoio dele;

Quando você ataca feroz e vigorosamente a política econômica
do seu antecessor, e depois pratica política idêntica;

Quando você sataniza toda a sua vida o Fundo Monetário Internacional e depois aplica condições (não pedidas) ainda mais draconianas ara o acordo com o ex-Satã;

Quando você passa a vida ensinando aos outros quais são as políticas sociais certas, e depois não consegue fazer a política social certa, a ponto de ter que demitir, em apenas um ano, dois dos responsáveis por elas;

Quando você se alia aos antigos inimigos e expulsa antigos
companheiros cujo único crime foi o de continuar defendendo o que você defendia até a véspera;

Quando você faz campanha eleitoral prometendo mudança e inicia o discurso de posse com uma única palavra exatamente "mudança" e depois muda muito pouco ou nada;

Quando você faz tudo isso, você rifou seus princípios, vendeu
a sua história e tornou-se um ser amorfo, sem alma, sem projeto, a não ser o projeto de permanecer no poder;

Enterra o orgulho pela história já vivida, porque não pode
permitir que investiguem a sua nova história;

Nem você mesmo sabe se existe ou não "conduta irregular" de um
funcionário seu, como admite agora até o seu líder no Senado, Aloizio Mercadante;

Enfim, tem de jogar o jogo como quase todos jogaram antes de
você.

E fracassaram.
Temo que seja tarde para voltar atrás e re-reescrever a história e que um filme velho e triste está sendo reencenado com novo elenco.

SE VOCÊ NÃO AGUENTA MAIS ESSE GOVERNO PT CORRUPTO, QUE SABIA
DO MENSALÃO E NUNCA TOMOU NENHUMA PROVIDÊNCIA LEGAL PARA ACABAR COM ESSA VERGONHA.

QUE CONFESSOU QUE SABIA DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO FHC E MANDOU
CALAR A BOCA.
QUE PROTEGE O PUBLICITÁRIO GALINHEIRO PERSEGUINDO TODOS OS
FEDERAIS QUE FIZERAM A OPERAÇÃO CONTRA AS RINHAS DE GALO.
QUE MANTÉM OS JUROS NAS ALTURAS PARA AGRADAR AOS BANCOS QUE
ESTÁ COM SEUS LUCROS NA ESTRATOSFERA.
QUE AUMENTOU O NÚMERO DE MILIONÁRIOS DURANTE O SEU GOVERNO.
AUMENTOU A CARGA TRIBUTÁRIA.
CONCEDEU 0,01% DE AUMENTO PARA OS FUNCIONÁRIOS FEDERAIS.
ABRANDOU A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL PARA LIVRAR A MARTA
SULICY DA CADEIA E MUITO MAIS...

É ASSIM QUE SE PERDE A ALMA.

Unknown disse...

Carina,

O texto é excelente e entendo perfeitamente a decepção da grande maioria que apostou em mudanças de boa fé.

Eu não me decepcionei, mas confesso que me surpreendi com a rapidêz e o apetite no aparelhamento do Estado e na montagem de uma máquina para atender ao projeto de poder permanente, de partido único de fato (os demais seriam comprados, não apenas os votos mas a própria alma) e a eventual "oposição" restante seria só para figuração.

Espero que a lição aprendida possa evitar a re-incidência no mesmo engodo, como o P-SOL e a Heloísa Helena.

Mas entendo também a falta de alternativas: ou esquerda ou fisiologismo orgânico. Não existe projeto alternativo.

Não é nada fácil...