terça-feira, novembro 15, 2005

Outra Resenha Inútil

A correspondente de O Globo em Nova York, Helena Celestino, nos presenteia com mais um libelo ao "políticamente correto" ao fazer uma resenha do filme "Soldado Anônimo" do premiado diretor Sam Mendes.
A correspondente junto sua voz ao coro do patrulhamento hollywoodiano que reza que qualquer filme de guerra deva ser um panfleto político anti-guerra. A crítica esquerdista do New York Times, claro, sempre ela, já marretou o tom "apolítico" do filme: "... debochando da tentativa de ignorar a sangrenta guerra estampada diariamente nos jornais", no que agora se junta a diligente correspondente
Como exemplo de pérola: "É possível fazer um filme de guerra apolítico quando os Estados Unidos estão atolados numa guerra que o mundo e a maioria dos americanos consideram errada?" Claro que é possível minha cara. Primeiro por que a liberdade de expressão o permite, e segundo que, ao contrário de sua crença, nem todos comungam das idéias da imprensa burra e servil ou da esquerda chique intelectualóide nova-iorquina ou californiana. Imaginem então o que aconteceria com o coitado que fizesse um filme claramente pró-guerra do Iraque?
O nível de patrulhamento é tão atroz que não há o menor constrangimento ou vontade de disfarçar o linchamento público que o pobre diretor está sofrendo por ter perdido uma oportunidade de fazer agit-prop contra seu governo. Vais er interessante saber quando ele conseguirá fazer uma nova super-produção em Hollywood... Na cabecinha da correspondente global filme de guerra só se for propaganda contra.
Por tal juízo, milhares de homens honrados e abnegados, sempre prontos a dispor da própria vida para defender valores inalienáveis e a vida de seus concidadãos, inclusive a da dileta correspondente, são quase criminosos que abraçaram uma vida nefasta, de cujas ações nada de bom pode advir.
Além da mesmice de críticas anti-Bush, que não podiam faltar, é claro, a correspondente destila um juízo de valor, que lhe parece universal exceto aos satânicos republicanos, de que toda guerra é perniciosa e errada. O veneno do pacifismo a qualquer preço foi inoculado pela KGB nos primórdios da guerra-fria e visava corroer por dentro a vontade política e a capacidade de defesa do mundo livre, justamente por um dos maiores impérios militares de todos os tempos.
Tal cacoete mental ainda nos fará de escravos a todos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ivan

Isso me faz lembrar o sucateamento das nossas forças armadas, q em prol do esforço de superavit primário para honrar as nossas dívidas, foram convencidas a aguardar dias melhores para se reaparelhar.

Aliás gostaria de ler um comentário conservador sobre essa tese de que dinheiro e mercado sâo entidades naturais e que só nos resta tentar entender as leis q a mâe natureza criou para eles e obedecermos, como a gravidade, a meteorologia e outras categorias.

Para mim dinheiro é invençâo humana e hoje nâo passa de um meio de controle do poder. As teorias econômicas sâo teorias de controle do poder.

Nosso Banco Central, no momento, nâo presta contas a ninguém, é um poder soberano (na prática) servo submisso e esplícito do mercado.

Pedro

Unknown disse...

Pedro,

Sucatear nossas forças armadas tem sido um verdadeiro crime de lesa-pátria. Algo de que ainda vamos nos lamentar... Para "destruí-las" basta um par de governos inéptos; para reconstruí-las talvez mais de uma geração.

Mercado e o seu facilitador,o dinheiro, são invenções culturais, portanto humanas, que se mostraram úteis o bastante para estarem durando desde a aurora das civilizações até hoje, sem substitutos visíveis no horizonte.

Seu valor social é sancionado antes pela longevidade do que por alguma "ciência" ou racionalidade.
Se "ao longo do caminho" algo melhor tivesse sido inventado, já teriam sido descartados na lata de lixo da História. Talvez algum dia isso ainda aconteça, quem sabe?

Eles são instrumentos que dão voz aos ímpetos natos de realizar e conquistar do homem, fonte de sua sobrevivência e sucesso como espécie nos tempos primordiais.

Nas civilizações tais ímpetos são transmutados em ambição: pensamento voltado para a conquista seja de riqueza ou poder, geralmente de ambos. É o "desejo" planejando hoje o agir de amanhã. A ambição é o motor que nos impulsiona a estarmos constantemente realizando e transformando a tudo e é "moderada" nos mercados.

Um abraço,
Ivan